Juntamos os 80 fatos e curiosidades mais importantes da carreira e das criações do mais importante quadrinista brasileiro pra celebrar seus OITENTA ANOS!
Neste 27 de Outubro de 2015, Mauricio de Sousa completa OITENTA anos.
O pai da Mônica continua na ativa, firme e forte, liderando o maior estúdio de quadrinhos do Brasil, a Mauricio de Sousa Produções, aprovando cada um dos roteiros que são publicados e embalando a vida de todos nós nas últimas cinco décadas.
Dá pra dizer que boa parte dos brasileiros conheceu o mundo dos quadrinhos e da animação nacional por causa desse cara. Alguns aprenderam a ler por causa dele. E, mesmo quem já cresceu, não consegue não voltar à infância ao colocar as mãos num gibi da Turma da Mônica.
Então, nada mais justo do que aproveitar esse dia pra relembrar 80 fatos e curiosidades do tio Mauricio. Com toda a certeza vai ser uma viagem no tempo pra você – ou vai te tirar diversas dúvidas sobre a trajetória do quadrinista. :)
1 Tudo começou no interior
Mauricio nasceu no dia 27 de Outubro de 1937 na cidade de Santa Isabel, no interior de São Paulo. Só que, ainda criança, ele mudou pra Mogi das Cruzes.
2 Mauricio de Sousa. Sem acento e com S.
Você já reparou que Mauricio de Sousa não tem acento no I e nem Z no Sousa? Deveria ser (e oficialmente é) com Z, só que ele não gosta, diz que a letra é quadradona, que prefere mais as curvas do S. A falta de acento no I... Não sabemos. Mas um pedido dele é uma ordem, né?
3 A influência desde cedo
Ainda garoto, Mauricio começou a ler livros e quadrinhos, influenciado pelos pais. Personagens como Flash Gordon, Superman, The Spirit e Príncipe Valente foram fortes influências nessa época.
4 Quase um Chico Bento
Outra influência é que Mauricio se divertida como qualquer garoto daquela época – e quase como o próprio Chico Bento é, hoje, retratado em suas histórias. Pulava muro, pescava no rio, nadava pelado...
5 Os primeiros traços
Mauricio começou a se aventurar no desenho ainda no final dos anos 40, inclusive com caricaturas dos professores. É quando ele cria o primeiro personagem: o Capitão Picolé. Formas simples, todo branco, cabeça redonda e sem cabelo, capa nas costas...
6 A primeira animação
Ainda com 14 anos, Mauricio cria uma espécie de Zootropo, ou “cineminha”, como ele chamou. Na verdade, trata-se de um tipo rudimentar de animação, com os quadros se movimentando e dando a impressão de movimentação. Era uma história sobre um personagem chamado Pedro Malazarte.
7 Olhando ao redor
Aos poucos, Mauricio foi desenvolvendo essa técnica de olhar ao seu próprio redor para se inspirar na criação de personagens. Aos 19, por exemplo, ele conhece dois amigos do seu irmão mais novo, Márcio, que depois inspirariam Cascão e Cebolinha.
8 Em São Paulo...
É também com 19 que Mauricio se muda pra São Paulo e vai trabalhar... no rádio. Sério.
9 Surge a Folha
Em 1954, depois de bater em muitas portas e ouvir muitos nãos, Mauricio consegue um emprego na Folha da Manhã – que, depois, se tornaria a Folha de S.Paulo. Mas não era pra desenhar, não, já que acharam o traço dele muito fraco. Na verdade, ele ficou no jornal como repórter policial! E ele encarnou a nova profissão se inspirando no Dick Tracy, inclusive com sobretudo e chapéu. :D
10 Desenhista policial
Digamos que Mauricio não era um repórter convencional. Ele começou a ilustrar suas matérias com desenhos, unindo o útil ao agradável. Foi uma forma de chamar a atenção e, claro, treinar o traço.
11 Olá mamãe!
Já era 1959 quando Mauricio criou seus primeiros personagens famosos: o Bidu e o Franjinha, inicialmente baseados num cachorro que ele teve e no Mauricio. Em 18 de julho daquele ano, a Folha da Manhã publicava a primeira tira desses dois personagens. Acabava a carreira de repórter policial, claro.
12 Explosão criativa
Dá pra dizer que o início dos anos 60 foi de uma explosão criativa para Mauricio. Depois de Bidu e Franjinha, ele criou o Piteco, Horácio e Anjinho – todos famosos e publicados até hoje.
13 Tiras ESTADUAIS
Foi nessa época também que a visão dMauricio foi ficando mais empreendedora. Ele adaptou o modelo norte-americano de distribuição de tiras ao mercado nacional, vendendo suas histórias para diversos jornais diferentes. A grande diferença é que lá nos EUA existiam os chamados Syndicates, que faziam essa venda e distribuição. Por aqui, foi o Mauricio que pegou um ônibus e saiu pelo interior e litoral de São Paulo, oferecendo seu trabalho.
14 Surge o embrião da MSP
Com a necessidade de agora produzir três tiras diferentes por dia, o quadrinista, com 25 anos, resolve então montar uma equipe. Só que não existia uma sede: ficava todo mundo no apartamento do Mauricio, na Alameda Glete, em São Paulo – e pertinho da Folha. Em meados da década de 60, a equipe já era de umas quase OITO pessoas. :D
15 A primeira revista
Antes da Turma da Mônica sequer pensar em existir, Mauricio fechou com a Editora Continental a publicação de sua primeira revista, estrelado pelo Bidu. Era tudo muito simples, meio mambembe. A revista durou apenas 8 edições, entre 1960 e 1961, e hoje é raríssima. O Mauricio ficou sem ter um exemplar pra chamar de seu por décadas, até ganhar um de um colecionador.
16 Mais personagens!
Em 1961, Mauricio criou o Cascão (baseado naquele amigo do irmão Márcio, lembra?) e Chico Bento. O Chico, apesar de hoje ter uma turma só pra ele, nasceu como coadjuvante de outros dois personagens criados nessa época: Hiro e Zé da Roça. Em 1962 vieram Jotalhão e Penadinho. Todos surgindo na necessidade de povoar as tiras que precisavam ser produzidas diariamente.
17 Olá papai!
A Mônica, sua criação mais famosa, veio em 1963 – e baseada na filha do próprio Mauricio, que se chama... Mônica. Assim como o Chico Bento, ela surgiu como uma personagem secundária na tira de outro personagem, um tal de CEBOLINHA. Por esse PLANO INFALÍVEL ninguém esperava, né? :D
18 O verdadeiro Sansão
Uma das marcas registradas da Mônica é o seu coelho azul, o Sansão. Ele também foi criado com base no mundo real: a Mônica verdadeira não largava um coelho de pelúcia, que era amarelo. Numa das primeiras histórias, pra justificar a superforça da personagem, o quadrinista colocou um TIJOLO dentro do Sansão. :D
Há alguns anos, foi lançada uma versão de pelúcia real do “coelho verdadeiro”, amarelo. Uma versão muito mais mauriciodesousada, já que o original é assustadoramente horrível. Coisas da época, mas... :D
19 Tem mais filhas!
Em seguida, Mauricio criou a Magali, também baseada em uma filha, chamada... Magali. E aí veio a Maria Cebola, que é irmã do Cebolinha e criada a partir de outra filha do quadrinista a... Mariângela. HÁ! Achou que era Maria, né? ;D
20 Sapatos? Para onde vamos não precisamos de sapatos!
Se você reparar bem, Franjinha, Cebolinha e os personagens criados primeiro usavam sapatos. Já na fase de criação da Mônica e da Magali, não. O que aconteceu é que, antes, Mauricio tinha mais tempo para finalizar melhor seus desenhos. Com o aumento da demanda de trabalho veio a necessidade de ser prático, então os personagens que foram surgindo foram perdendo detalhes – e os antigos continuaram como eram, pra manter uma coesão. Depois, quando o estúdio cresceu, Mauricio resolveu manter os pés de cada um dos personagens como eles eram quando se tornaram famosos.
É por esse motivo também que o Chico Bento tem DEDOS nos pés descalços. :D
21 Do céu aos hippies
Em 1963 o homem ainda tentava chegar na Lua, mas um brasileiro já tinha feito isso: o Astronauta, mais uma criação do Mauricio. No ano seguinte, inspirado pelo movimento hippie, o quadrinista também criou o Rolo e a Tina.
22 Os primeiros livros
Nessa época, Mauricio já tinha o sonho de publicar livros com seus personagens. Meio que no susto, ele fechou com a FTP a publicação de três obras em 1965 – e com apenas uma semana para produzí-los. É tudo feito rapidamente, mas os livros A Caixa da Bondade, O Astronauta no Planeta dos Homens-Sorvete e Piteco são publicados no Salão da Criança daquele ano.
Essas são as primeiras publicações do quadrinista a levarem o nome da Mauricio de Sousa Produções. Era o estúdio, ainda na casa do Mauricio, que estava ganhando uma forma mais profissional.
23 O primeiro carro
Foi com o dinheiro desses três livros que Mauricio comprou o primeiro carro, um SIMCA CHAMBORD azul-turquesa. Ele tinha quase 30 anos e, até então, não sabia dirigir. Pouco depois, quase sem experiência ao volante e sem carteira de motorista, Mauricio colocou toda a família no carro e foi até Mogi... Só que ele esqueceu de reabastecer. CUÉN!
24 O primeiro banho
Aos poucos, as criações de Mauricio iam se tornando mais e mais conhecidas. Em 1965, por exemplo, usaram o Cascão para o comercial de uma marca de chuveiro – e colocaram o personagem tomando banho, sem a autorização de seu criador.
25 Enfim, a revista mensal da Mônica
Em maio de 1970, Mauricio de Sousa fecha uma parceria com a editora Abril e publica a primeira edição daquela que seria a sua revista mais longeva: Mônica, que, nessa primeira edição, leva o nome de “Mônica e Sua Turma”. Sim, a baixinha já era sua maior personagem.
26 Os bonequinhos
Também foi em 1970 que foram lançados os primeiros bonecos da Turma da Mônica, pela Troll.
27 As lendas reunidas
Nessa época, o sucesso já estava ficando internacional. Em 1972, Mauricio foi em uma das primeiras Comic Cons da história, a Comic Art Convention, em Nova York. Foi lá que ele conheceu ninguém menos que o Stan Lee.
28 No Japão!
Também foi em 1972 as primeiras HQs do Mauricio saíram no Japão. O estilo oriental sempre foi uma influência pro quadrinista, algo que se tornaria ainda mais forte nas décadas seguintes.
29 A vez do Cebolinha
Em 1973, também pela Abril, começou a ser publicada a primeira revista mensal do Cebolinha.
30 Outras duas lendas reunidas
Foi também em 1973 que Mauricio conheceu Osamu Tezuka, o mestre dos quadrinhos e dos animes japoneses – e criador do de Astro Boy, Kimba e A Princesa e o Cavaleiro. A inspiração no trabalho de Tezuka fica ainda mais forte, assim como a fascinação pela animação.
31 O primeiro grande prêmio
Em 1974, Mauricio recebeu o Yellow Kid, o mais importante prêmio europeu de quadrinhos, que é entregue durante Congresso Internacional de Histórias em Quadrinhos em Lucca, na Itália.
32 Mais lendas
Em 1976, Mauricio conhece o Dick Browne (criador do Hagar) e o mitológico Will Eisner – que não só criou o Spirit, como também deu forma aos quadrinhos modernos.
33 A força do licenciamento
É também na metade dos anos 70 que a MSP descobre a força do licenciamento. Se houvesse um produto que Mauricio poderia potencializar com os seus personagens, ele fazia isso. Começava uma máquina que não só sustentou a publicação dos quadrinhos, como também tornou os personagens da Turma da Mônica ainda mais conhecidos.
34 Mônica na TV
Aos poucos, a MSP vai emplacando seus personagens em comerciais de TV – e, dessa vez, sem comerciais piratas ou banhos do Cascão. Em 1976 veio primeiro curta com os personagens, um Especial de Natal. Feliz Natal pra todos, Feliz Natal... :D
35 Conheçam o Pelezinho!
Em 1977 o Mauricio faz um acordo com ninguém menos que o Pelé, que estava encerrando a carreira lá no Cosmos de Nova York, para criar o Pelezinho. O personagem foi todo feito com base na infância do então jogador, que cresceu em Bauru, interior de São Paulo. A revista do personagem circulou até 1982.
36 Jotalhão no molho de tomate
Foi em 1978 que o Jotalhão passou a ser a estrela do molho de tomate Cica. Foram comerciais que marcaram a infância de muita gente até os anos 90.
37 MERDA!
Outra área de atuação que surgiu na MSP no final dos anos 70 foi o teatro. Em 1978 estreou a peça Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta, que ficou em cartaz no TUCA, o Teatro da PUC de São Paulo.
38 Luz, câmera... AÇÃO!
O primeiro filme estreou em 1981: As Aventuras da Turma da Mônica. O traço dos já era bem mais refinado e o próprio Mauricio, de barba, apresentava os personagens na introdução do longa-metragem. Tirando a própria Mônica, ninguém tinha ainda seus dubladores definitivos. Mas isso não impediu do filme se tornar um clássico do VHS durante toda a década de 80.
39 Cascão ganha revista própria
Foi em 1982, com um enorme “Cheguei” na capa, que o Cascão ganhou sua primeira vez mensal, ainda pela Editora Abril.
40 O segundo filme
Em 1983 vem o segundo filme A Princesa e o Robô. Uma das novidades eram os créditos com as letras voando nas estrelas, meio Superman, meio Star Wars. Aliás, a saga de George Lucas é uma das grandes influências do filme, que tem uma animação bem mais refinada.
41 E o terceiro filme!
As Novas Aventuras da Turma da Mônica estreou em 1986 e era uma colagem de várias histórias curtas. Esse também virou um clássico – e já trazia boa parte das vozes definitivas dos personagens.
42 Dieguito Maradona
No começo dos anos 80, o Mauricio quis fazer um personagem baseado no jogador Diego Maradona, que já fazia sucesso no Boca Juniors e estava indo para o Barcelona. O próprio Maradona concordou, sugerindo que o nome do personagem fosse “Dieguito”, e não “Maradoninha”. Só que o comportamento polêmico do jogador fez com que o personagem fosse congelado e, depois, esquecido.
43 Troca-troca de editora
O acordo com a Abril acabou em 1986, com a revista da Mônica chegando ao fim na edição 200, de dezembro. Em janeiro de 1987 todos os personagens da MSP estrearam em uma nova casa, a Editora Globo.
44 Enfim, a Magali
Foi só em fevereiro de 1989, na Globo, que a Magali ganhou uma revista própria. A revista marca a estreia do Dudu, que só depois seria definido como primo da personagem.
45 Miau...
Foi também em Magali #1 que foi introduzido o Mingau – um gato persa branco ainda sem nome. Os próprios leitores foram convidados a sugerir o nome do bichano.
46 O primeiro Parque da Mônica
Em 1993 o Mauricio realiza mais um sonho, inaugurando o Parque da Mônica, que ficava no subsolo do Shopping Eldorado, em São Paulo.
47 Mais filhos— digo, personagens!
O Mauricio não parou de ter filhos, não – e eles foram virando personagens, claro. Em 1994 foram introduzidos a Marina, Nimbus e Do Contra.
48 3D!
Em 1995, brincando com os filhos pequenos, o Mauricio teve outra sacada: lançar livros em 3D, daqueles que você olhava fixamente paras as figuras, dando o efeito de três dimensões. Foi tipo uma febre. :D
49 Internet!
Em 1996, a Turma da Mônica ganhou seu site. Ok, meio que obrigação. Não estaria nessa lista se não fosse por um detalhe: o site ficou praticamente o mesmo por mais de 16 anos. Até 2012 ainda era possível, por exemplo, baixar wallpapers para o Windows 95 e salvá-los em um disquete. :D
50 Mais um jogador de futebol
Depois do Pelezinho e de tentar o Maradoninha, o Mauricio lança mais um jogador de futebol nos quadrinhos: Ronaldinho Gaúcho, que teve uma aceitação maior no exterior do que no Brasil.
51 E quase teve o Ronaldo Fenômeno, também...
Todo mundo lembra do cabelo “Cascão” que o Ronaldo usou na semifinal e na final da Copa do Mundo de 2002. Ali surgiu uma oportunidade pra MSP, claro. Tanto é que, pouco depois, o jogador chegou a fazer um comercial de guaraná com o próprio Cascão. Com a ideia na cabeça, o Mauricio chegou a produzir diversas histórias com uma série de histórias com o atacante, que quase foram publicadas em 2005 – tudo para homenageá-lo. Quando Ronaldo finalmente se aposentou, em 2011, o Mauricio publicou uma homenagem pro jogador, agora vestindo a camisa do Corinthians.
52 Na Panini
No final de 2006, o contrato com a Editora Globo acabou. A MSP então levou suas publicações para a Panini, multinacional italiana que possui os direitos de publicação da Marvel e DC no Brasil e em vários lugares do mundo. Na época, em entrevista ao JUDÃO, o Mauricio contou que fez a troca por conta justamente da força internacional da nova parceira.
53 Embaixadora
A Mônica foi escolhida para ser a Embaixadora do UNICEF em 2007, com o próprio Mauricio sendo nomeado Escritor para as Crianças do Fundo.
54 Mauricio no samba
Um ano movimentado, esse 2007. O quadrinista foi tema da Escola de Samba Unidos do Peruche no carnaval daquele ano, com o tema Com Mauricio de Sousa, a Peruche abre alas, abre livros, abre mentes e faz sonhar.
55 Homem-Aranha do Tio Mauricio
Em 2007, quando fechou a parceria com a Panini, Mauricio de Sousa chegou a alimentar o sonho de fazer uma história do Homem-Aranha localmente, na própria MSP. Porém, outros projetos, como as Graphic MSP, deixaram a ideia de lado.
56 Turma da Mônica Jovem
Na mesma entrevista ao JUDÃO em 2007, Mauricio revelou que estava preparando uma nova versão da Turma da Mônica, com os personagens adolescentes e em versão mangá. A publicação da Turma da Mônica começou a partir de agosto de 2008 e foi um sucesso enorme de vendas. As quatro primeiras edições alcançaram, juntas, a marca de 1,5 milhão de exemplares. Em 2009, a revista chegou a ter tiragem de 400 mil exemplares por mês.
57 80%!
Com uma presença tão forte e tantos lançamentos, não deu outra: a MSP alcançou 80% de participação no mercado nacional de quadrinhos.
58 Na China!
E a presença internacional da Mônica foi crescendo, como o Mauricio queria. Ainda em 2007 ele fechou um acordo com o governo da China, levando as revistas dele para as crianças do ensino básico de lá.
59 Quem quer dinheiro?
Mais ou menos nessa época, estimava-se que a MSP movimentava R$ 2 Bilhões por ano em produtos licenciados, que iam (e ainda vão) de xampus a fraldas, passando por maçãs e nuggets. Mais de 100 empresas nacionais e internacionais eram licenciadas para produzir mais de 3 mil produtos com a turma.
60 Perdendo o BV
Com resultados tão bons, o que fazer pra alcançar o próximo nível? Foi aí então o que aconteceu o que todo mundo esperava há quase 50 anos: Mônica e Cebolinha (ou melhor, Cebola) na versão Jovem deram o primeiro beijo em 2008. Eles perderam o BV quase na terceira idade. <3
61 Sócio? Não!
Foi nesse período também que o Mauricio recebeu a proposta de aporte de R$ 2 bilhões de um grupo internacional, que ele não revela qual é. Em entrevista para a Folha em 2013, ele revelou que não aceitou. “Não tive dúvida, antes de mais nada, porque não quero sócios”.
62 1 Bilhão!
Em 2009, a MSP comemorava a marca de 1 bilhão de revistas publicadas. UM. BILHÃO. Os personagens estavam presentes em 50 idiomas e 126 países. Também já era o maior produtor de animação para cinema no Brasil, além de ser o maior estúdio de quadrinhos por aqui, também.
63 MSP 50
Quando Mauricio de Sousa fez 50 anos de carreira, em 2009, o editor Sidney Gusman preparou uma série de especiais – chamadas MSP 50, MSP+50 e MSP Outros 50, com um total de 150 artistas reimaginando as criações do quadrinista
64 As Graphic MSP
O projeto deu tão certo que o Sidão iniciou uma segunda fase: as Graphic MSP. Pela primeira vez importantes quadrinistas do mercado brasileiro foram chamados para criar graphic novels com versões recriadas dos personagens da MSP, começando por Astronauta – Magnetar, de 2009. Além de arejar esses personagens, a iniciativa movimentou o mercado nacional e os autores independentes. Até hoje já foram publicadas nove Graphic MSP.
65 Ouro da Casa
Uma das grandes críticas a Mauricio de Sousa foi sempre que seus artistas eram obrigados a seguir o estilo padronizado do estúdio, e com crédito apenas naquela última página da revista, que ninguém lê. Isso começou a mudar em 2012, quando o encadernado Ouro da Casa virou espaço para que todos os quadrinistas da MSP pudessem desenhar e escrever aqueles personagens tão conhecidos do jeito que queriam – e com o devido crédito.
66 Fechamento do Parque da Mônica
Uma má notícia veio em 2010: o Parque da Mônica foi fechado, depois que o Shopping Eldorado pediu o espaço de volta. Pra piorar, as coisas não iam bem financeiramente: o parque havia deixado R$ 40 milhões em dívidas. Mauricio então teve que trocar toda a administração da MSP, renegociar a dívida e planejar novamente o futuro.
67 500!
Em 2011, somando todas as séries, a revista da Mônica alcançou a marca de 500 edições. Algo histórico.
68 Quem disse que HQ não é literatura?
O Mauricio de Sousa passou a fazer parte da Academia Paulista de Letras em 2011. Sim, oficialmente o Mauricio passou a ser um “imortal”.
69 A vez do Neymar
Também em 2011 a MSP começou a negociar com o Neymar, ainda jogador do Santos, a criação do personagem Neymarzinho – que, por vontade do próprio FUTEBOLISTA, passou a ser chamado de Neymar Jr. A revista foi lançada em 2012.
70 Ataque dos sonhos (do Santos)
Foi também em 2012 que a MSP trouxe de volta o Pelezinho, tanto com histórias inéditas quanto com a republicações dos anos 70 e 80. No relançamento do personagem, o JUDÃO descobriu que a MSP já planejava levar o personagem para os desenhos animados, aproveitando a Copa do Mundo do Brasil – o que aconteceu.
71 O casamento do século
Mônica e Cebola, da versão Jovem, casaram em 2012. Não, calma: não foi VALENDO, não. Na realidade, foi uma história que se passava no futuro, com os personagens já “jovens-adultos”. Na época, o Mauricio chegou a falar que queria produzir uma revista com essa versão da Turma da Mônica, chegando até a colocar o autor de novela Walcyr Carrasco no projeto – mas, até agora, nada saiu do papel.
72 Mais animação
Já em 2013 a MSP inova ao lançar um novo tipo de animação, a Mônica Toy, com uma versão mais infantil de seus personagens, sem falas e com traços mais simples, além de serem sempre vídeos curtos. A ideia era veicular a série no YouTube, mas também foi exibida no Cartoon Network.
73 Reboot?
Em 2015 a MSP fez algo inédito: zerou o número de todas as suas publicações na Panini, que estavam na edição 101. A atitude foi feita para atrair novos leitores, que poderiam se assustar com uma numeração tão alta – e, de certa forma, remete ao que fazia a antiga Editora Ebal, que sempre zerava a numeração de seus gibis quando chegavam na edição 100.
74 Enfim, crédito!
Junto com os gibis voltando pro número 1, uma outra boa notícia: a MSP muda junto o seu “modelo de produção”, com o mesmo roteirista e desenhista produzindo as histórias do começo ao fim. Dessa forma, passa a ser possível ter o crédito no começo das HQs – o que passa a ser feito.
75 Mônica, a executiva
A Mônica já é uma adulta. Não, não a personagem, estamos falando da Mônica verdadeira, a filha que inspirou tudo. E hoje ele trabalha como Diretora Comercial da MSP.
76 Tudo em casa
Outros filhos atualmente trabalham no estúdio, como a Marina Takeda e Sousa (Redação) e o Mauro Takeda (que cuida da Mauricio de Sousa Ao vivo). Já Alice Takeda, segunda esposa do Mauricio, é a diretora executiva da MSP.
77 Marcelinho
Em 2015 foi a vez do filho caçula, Marcelo, de 16 anos, virar personagem. Surgiu o Marcelinho. ;)
78 Um novo parque
Depois de prometer que nunca mais faria um parque, o Mauricio mudou de ideia e, em 2015, inaugurou um novo Parque da Mônica, agora no Shopping Market Place, também em São Paulo.
79 Comida? Também tem!
Recentemente a Mauricio de Sousa Ao Vivo lançou o primeiro restaurante temático dos personagens da empresa, a Chácara Turma da Mônica, que fica em São Paulo.
80 Coração na chuteira
Como todo bom brasileiro, o Mauricio tem um time do coração: o São Paulo – apesar de ir bastante aos jogos do Corinthians, influência dos filhos, que não têm lá muito juízo. Aliás, falando em filhos, cada um dos de papel e naquin possui um time do coração diferente: Mônica torce pro São Paulo, o Cascão é corintiano, o Cebolinha é PALMEILENSE e a Magali, claro, é santista.
Pra não concorrer com Mulan, Bill & Ted 3 vai estrear em VOD mais cedo: 28 de Agosto! https://t.co/Bu3VBYYW8X